sexta-feira, 16 de março de 2007

O Romantismo no Brasil

Olá, decidi falar sobre literatura brasileira , mais especificamente sobre o Romantismo no Brasil e centrei a minha pesquisa na 1ª geração da poesia romântica por ser a parte da qual eu mais gosto e tenho prazer em aprender.Espero que todos gostem.
Beijo, Cony. ;D





Introdução


O Romantismo, no brasil, foi um período inicialmente de apenas uma atitude, um estado de espírito, o Romantismo toma mais tarde a forma de um movimento e o espírito romântico passa a designar toda uma a visão do mundo centrada no indivíduo .
Os autores românticos voltaram-se cada vez mais para si mesmos, retratando o drama humano, amores trágicos, ideais utópicos e desejos .Para os românticos, o mundo real é sempre uma frustração de seus idealismos e sonhos. Daí a rebeldia dos poetas do mal-do-século.Esse desejo de fugir da realidade manifesta-se em atitudes como o desejo de morrer, o culto a solidão, a evasão no espaço e no tempo.O poeta tem maior liberdade formal em busca da musicalidade) , as comparações , metáforas e adjetivação são constantes para dar vazão a fantasia, as redondilhas são costumeiras tanto a menor como a maior, a natureza passa a integrar-se a história do ser humano que não é apenas bondade mas também é maldade..A mulher é sempre idealizada e nacessível , virgem , angelical ou até mesmo sensual, o amor em sua grandeza algumas vezes em forma paixão.
O romantismo retrata as emoções mais profundas e os sentimentos são expressos através do poeta (autor) que expõe de tal forma a simbolizar o que sente de maneira bela e melancólica muitas vezes. A subjetividade e a emoção do eu ( autor) são marcas do romantismo. Que foi de suma importância para a crescimento da literatura brasileira.

Romantismo


pintura : Exéquias de Atalá, pintor Augusto Rodrigues Meireles


A figura nos mostra aquela que é considerada, pelos críticos, a obra-prima de Augusto Rodrigues Duarte, pintor nascido em Portugal e radicado no Brasil, discípulo de Vítor Meireles na Academia Imperial de Belas-Artes. A partir de 1869 estudou na França, chegando a participar, com a obra aqui destacada, da Exposition Internationale (Paris, 1878). O tema é inspirado na obra do escritor romântico Renéde Chateaubriand (1768-1848), que retrata o índio de maneira idealizada, bem de acordo com os cânones da época. Destaque para o apuro técnico na execusão e o perfeito uso das cores da cena dramática.





Em 1836, foi publicado Suspiros poéticos e saudades, de Gonçalves de Magalhães, livro de poemas considerado o ponto inicial da renovação românticada da literatura brasileira. O Romantismo, que se estendeu até 1881, foi o primeiro movimento da chamadaEra Nacional da nossa literetura; assumiu, por isso,a tarefa de criar uma arte literária autenticamente brasileira, capaz de expressar as pecularidades do país recém-libertado. Como pregavam a valorização do elemento elemento nacional e população em detrimento do universalismo clássico, as idéias do Romantismo harmonizaram-se com os ideais nacionalistas dos primeiros românticos brasileiros.




A PRIMEIRA GERAÇÃO DA POESIA ROMÂNTICA


A primeira geração da poesia de nosso romantismo é situado pelos estudiosos em 1836, mais de uma década após a independência política do país (1822). Dessa forma, o Romantismo corresponde ao movimento que procurou promover a independência cultural do país, por meio da criação de uma arte e de uma literatura marcadamente nacionais, que pudessem constituir nossa forma de expressão mais autêntica. A estética romântica pregava a valorização do elemento local e das feições particulares de cada povo como material de elaboração artística; há portanto, uma forte afinidade entre as propostas rtom/ãnticas e o momento social e político vivido pelo país na primeira metade do século XIX.
A produção literária do Romantismo brasileiro foi muito grande. A poesia costuma ser dividida em três "gerações", cada uma delas devidamente caracterizada. A prosa de ficção surgiu e desenvolveu-se nesse período, chegando a produzir trabalhos de mérito. Também o teatro consolidou-se nessa época.
Entre 1833 e 1836, um grupo de intelectuais brasileiros do qual faziam parte, entre outros, Domingos José Gonçalves de Magalhães, Manuel de Araújo Porto Alegre e Francisco de Sales Torres Homem, esteve na Europa para estudar e aprimorar-se. Procurando divulgar a cultura e a realidade brasileiras, esses intelectuais fundaram, em 1836, em Paris, a Niterói - Revista Brasiliense de Ciências, Letras e Artes. Nessa revista, que teve apenas dois números, expuseram idéias relativas à construção de uma identidade nacional brasileira. Seu lema - "Tudo pelo Brasil, e para o Brasil" - deixa bem clara essa intenção patriótica, que incluía a valorização das coisas nacionais e a divulgação de conhecimentos científicos e artísticos necessários à construção de novo país.
Foi o primeiro número da revista Niterói que propunha a nacionalização da literatura brasileira por meio da valorização da paisagem e da cultura da nova terra, assim como o apego à religião. Essa proposta consistia no repúdio às tradições neoclássicas e na adoçãodas idéias do Romantismo. Também em Paris, em 1836, Golçalves de Magalhães publicou Suspiros poéticos e saudades, obra considerada o marco da estética romântica na literatura brasileira.
Embora pareça estranho que um grupo de nacionalistas desemvolvesse suas atividades em Paris, devemos lembrar que esses intelectuais eram geralmente lusófobos, ou seja, pregavam o repúdio aos valores culturais portugueses. Buscar idéias e procedimentos na Fr
ança era, portanto, uma forma de afirmar a independência em relação a Portugal.
A obra poética de maior espressão da primeira geração romântica foi produzida por Gonçalves Dias, que não participou das atividades do grupo parisiense.



A contribuição dos teóricos europeus, o nacionalismo ufanista pós-1822 e as viagens para o exterior de uma jovem intelectualidade - nascendo daí o famoso sentimento do exílio - fornecem o quadro histórico onde apon
ta a primeira geração romântica. O apogeu da mesma ocorre entre 1836 e 1851, quando Gonçalves Dias publica Últimos cantos, encerrando o período mais fértil e criativo de sua carreira.




Mas afinal o que é A primeira geração do Romantismo?


Essa geração é nacionalista, indianista e religiosa. O indianismo brasileiro teve várias fases, começando por Anchieta (indianismo Barroco), Basílio da Gama (indianismo arcádico), ainda o indianismo exótico importado, o indianismo popular folclórico, o indianismo português, o indianismo romântico e o indianismo cultural, até que chega o indianismo gonçalvino ( de Gonçalves Dias).O índio estava dentro de Gonçalves Dias, em seu sentimento, na sua imaginação poética, estivesse ele no Brasil ou em Coimbra. O seu índio dos poemas líricos ou épicos seria índio mesmo, e não índio de cartão postal. Sua obra indianista está contida em Poesias Americanas, que são: "Canção do Exílio", "O Canto do Guerreiro", "O Canto do Piaga", entre outras.Outro representante dessa geração é José de Alencar, que escreve não somente sobre o índio mas sobre o Brasil como um todo, dos campos e das cidades, dos negros e dos índios, da burguesia e do povo e encontra sua própria dimensão, sua íntima razão literária. É a partir de seu exaltado romantismo que os futuros literatos do Brasil, irão traçar as diretrizes para a aquisição de um estilo nacional.


*O Indianismo Brasileiro


Foi uma das principais tendências . A vida e os costumes dos índios sempre despertaram curiosidade. Assim como o romantismo europeu valorizava o passado medieval, romantismo brasileiro passou a resgatar seus valores e assim o índio foi visto como o passado histórico nacional. O índio foi encontrado como o verdadeiro representante da raça brasileira. essa simpatia também foi conseqüência do trabalho de conscientização feito pelos jesuítas. Como exemplo de autor e obras indianistas podemos citar:

O autor José de Alencar em 1835 publicou o livro Iracema que descreve a história de uma índia que se apaixona por um guerreiro branco e muda totalmente o rumo de sua vida . O livro é um clássico, que até hoje é estudado quando queremos nos aprofundar no romantismo e conhecer como o tema era abordado nos livros com tema indianista.Há também o livro O Guarani , que é o mais importante dos livros históricos de José de Alencar , em que vulgarmente podemos dizer que Alencar 'inverte' a história de Iracema, e conta a história de uma branca e de um guerreiro indígena que se apaixonam e vivem a lenda de Tamandaré.


*Nacionalismo
Corresponde à valorização das particularidades locais . Opondo-se ao registro de ambiente árcade , que se pautava pela mesmice , vendo pastoralismo em todos os lugares , o Romantismo propõe um destaque da chamada "cor local", isto é , o conjunto de aspectos particulares de cada região . Esses aspectos envolvem componentes geográficos , históricos e culturais . Assim , a cultura popular ganha considerável espaço nas discussões intelectuais de elite .





Autores que mais se destacaram na primeira geração romântica:



1. GONÇALVES DE MAGALHÃES (1811-1887)


Obras: Suspiros poéticos e saudades (1836); A confederação dos tamoios (1857)

A Gonçalves de Magalhães coube a precedência cronológica na elaboração de versos românticos. Suspiros poéticos e saudades é a materialização lírica de algumas idéias do autor sobre o Romantismo, encarado como possibilidade de afirmação de uma literatura nacional, na medida em que destruía os artifícios neoclássicos e propunha a valorização da natureza, do índio e de uma religiosidade panteísta.
No entanto, faltava a Magalhães autêntica emoção poética para tornar efetivas suas teorias. Em sua obra ele afirma:


Meus versos são suspiros de minha almaSem outra lei que o interno sentimento.
Isto, porém, não encontra correspondência nela mesma. Os sentimentos são apresentados de uma maneira retórica, freqüentemente "despoetizados" por imagens de mau gosto:
Nas veias o sangue já não me galopa,em sacros furores nos lábios me fervem;A lira canora do cisne beócio,deixei sobre a trípode
.



Durante anos, Gonçalves de Magalhães foi considerado o maior poeta pátrio. Transformou-se em símbolo oficial da literatura brasileira, merecendo inclusive grande apreço de D.Pedro II. A confederação dos tamoios, tentativa de indianismo épico em que a redundância ou exagero verbal dissolve o lirismo, significou a crise dessa carreira triunfante.
Submetida à primeira e dura revisão crítica, com José de Alencar denunciando o artificialismo de sua composição, a obra de Magalhães começou a ser relegada a um plano secundário. Sob pseudônimo, o próprio Imperador sai em defesa de seu protegido, mas os argumentos de Alencar eram irrefutáveis. Restava-lhe a importância histórica, e esta era incontestável. O Romantismo fora introduzido por ele:
Triste sou como o salgueiroSolitário junto ao lagoSuspirar, suspirar...Tal é o meu fado!


2. GONÇALVES DIAS (1823-1864)



Obras: Primeiros cantos (1846); Segundos cantos (1848); Sextilhas de frei Antão (1848); Últimos cantos (1851); Os timbiras (1857).



Filho de um comerciante português e de uma mulata que viviam em concubinato, Antônio de Gonçalves Dias nasceu em Caxias, no Maranhão. Quando o menino tinha seis anos, o pai casou-se com uma moça branca e proibiu o filho de visitar a mãe, que se reencontraria com o filho apenas quinze anos depois. Antônio cresceu trabalhando como caixeiro na loja do pai e teve uma boa educação, sendo enviado com quatorze anos para Portugal. A morte do pai, no mesmo ano, trouxe o rapaz de volta ao Maranhão, porém a madrasta cumpriu a vontade do marido quanto ao filho e mais uma vez o futuro poeta foi mandado para Coimbra. No início de 1845, retornou à sua província natal, já formado em Direito. A sociedade de São Luís o recebeu bem e ele conheceu então aquela que - algum tempo depois - seria o grande amor de sua vida, a jovem Ana Amélia.
Antes da eclosão desse amor extremado, viajou para o Rio de Janeiro, onde se radicaria. Virou professor de Latim no Colégio Pedro II e lançou, com notável repercussão, os Primeiros cantos e os Segundos cantos. De imediato, obteve a proteção imperial, ocupando diversos cargos de importância nas áreas de pesquisa escolar e de busca de documentos históricos. Em visita ao Maranhão reencontrou Ana Amélia e a pediu em casamento. A família da moça recusou o poeta, alegando a sua origem bastarda e mulata. Exasperado, casou-se com Olímpia Coriolana, provavelmente a primeira mulher que encontrou depois da recusa e com a qual viveu um casamento infeliz. Viajou muito pelas províncias do Norte e pela Europa, sempre a serviço. Afetado pela tuberculose, tentou a cura na França. Desenganado pelos médicos, retornou num cargueiro que naufragaria, já nas costas do Maranhão. A única vítima do naufrágio foi o poeta, que contava então quarenta e um anos de idade.


Gonçalves Dias consolidou o Romantismo no Brasil com uma produção poética de boa qualidade. Entre os autores do período é o que melhor consegue equilibrar os temas sentimentais, patrióticos e saudosistas com uma linguagem harmoniosa e de relativa simplicidade, fugindo tanto da ênfase declamatória como da vulgaridade. Pode-se dizer que o seu estilo romântico é temperado por uma certa formação clássica, o que evita os excessos verbais tão comuns aos poetas que lhe foram contemporâneos.
No prefácio do livro de estréia, Primeiros cantos, ele define a liberdade métrica e a variedade temática que dominam a sua lírica:

Muitas delas (as poesias) não têm uniformidade nas estrofes, porque menosprezam regras de mera convenção; adotei todos os ritmos de metrificação portuguesa, e usei deles como me pareceram melhor com o que eu pretendia exprimir. Não têm unidade de pensamento entre si, porque foram compostas em épocas diversas - debaixo de céu diverso - e sob influência de impressões momentâneas.

Sua obra se articula em torno de três assuntos principais: o índio ,a natureza e o amor impossível .


Variação temática

A obra poética de Gonçalves Dias apresenta grande variação temática e formal, ajustando-se assim às concepções românticas. O poeta produziu muitos textos de forte religiosidade, em tom normalmente solene. Não se deve pensar, no entanto, numa devoção religiosa no sentido convenciona, mas sim num sentimento que se manifesta pela percepção da presença da divindade na natureza, um sentimento panteísta. Ao mesmo tempo, Gonçalves Dias apropiou-se da tradição lírica da poesia em língua portuguesa, esplorando seus temas e ritmos ; adaptandop essa tradição lírica ao nacionalismo literário, cantou a paisagem e o índio brasileiros. Escreveu também uma poesia amorosa e de muito boa qualidade.

Poesia indianista

O nacionalismo de Gonçalves Dias não se klimitou a enaltecer as belezas da paisagem brasileira. A valorização da cultura brasileira foi trabalhada de maneira mais consistente na chamada poesia indianista, em que o índio brasileiro e sua forma de vida são adotados como tema literário.
Essa pesquisa das origens da nacionalidade brasileira integrava-se aos esforços românticos de construção de uma cultura autêntica e única. Adotar o índio como tema literário era, portanto, uma forma de valorizar o elemento nacional. Os românticos brasileiros, no entanto, submeteram o índio a um processo de deformação idealizante, conferindo-lhe um comportamento semelhante ao que os escritores europeus enxergavam nos cavaleiros medievais que povoavam suas narrativas históricas. Essa deformação parece ter brotado da necessidade de encontrar para o Brasil um passado tão nobre quanto a Idade Média teria sido para a Europa.
Gonçalves Dias não conseguiu evitar essa tendência de idealização do índio, apresentando-o como um cavaleiro vestido de penas. Apesar disso, seus poemas indianistas não deixam de ter muitos méritos. No mais famoso deles, "l-Juca-Pirama", Gonçalves Dias desenvolve um belo trabalho de variação métrica: os efeitos rítmicos alcançados são memoráveis. O poeta planejou também um épico indianista, espécie de "llíada americana": Os timbiras. Dos dezesseis cantos planejados, apenas quatro foram impressos, alternando momentos de boa poesia com prosa metrificada.


Fontes:

Textos de autoria própria
Sites:
www.cartografia.eng.br/sandraperes/academico/romantismo.php
http://www.ligfast.com.br/educaçao/index.php?act=leitura&codigo=999&secao=88
Livro:
Curso de Literatura de Língua Portuguesa - Ulisses Infante




sexta-feira, 9 de março de 2007

domingo, 4 de março de 2007

Um pouco sobre mim..


Olá,meu nome é Camila ..mas a maioria dos meus amigos desde a infância me chamam de Cony :D tanto que meu nome de guerra no CMPA é este, sempre tinha muitas camilas na minha turma então as pessoas me chamavam direto pelo sobrenome..mas alguns amigos também me chamam de Mila =) .o/ Fica a escolha..Camila,Mila,Cony xD hehehe....Como podem ver eu gosto muito dos meus amigos. Eles são a família que pude escolher, pena alguns deles terão que ir embora ...seus pais serão transferidos ao final do ano letivo. Adoro conversar ...nada se compara com o bem estar de poder trocar idéias...passo muitas horas do dia falando.Adoro meu colégio, confesso que ele me cansa muitas vezes, pela quantidade de coisas que são cobradas ..mas é bem verdade que eu tenho preguiça de ficar em forma xD heheh.Gosto de escrever, embora nem sempre eu consiga escrever tão bem como eu quero... Literatura brasileira é um assunto que me chama atenção pela riqueza de coisas que podemos aprender e é sobre esse assunto que irei falar aqui .


Abraço, Cony.